27/04/2010

MUITO MAIS QUE PEDOFILIA


POR CARDEAL DOM ODILO PEDRO SCHERER

As notícias sobre pedofilia, envolvendo membros do clero, difundiram-se de modo insistente. Tristes fatos, infelizmente, existiram no passado e existem no presente; não preciso discorrer sobre as cenas escabrosas de Arapiraca… A Igreja vive dias difíceis, em que aparece exposto o seu lado humano mais frágil e necessitado de conversão. De Jesus aprendemos: “Ai daqueles que escandalizam um desses pequeninos!” E de São Paulo ouvimos: “Não foi isso que aprendestes de Cristo”.

As palavras dirigidas pelo papa Bento XVI aos católicos da Irlanda servem também para os católicos do Brasil e de qualquer outro país, especialmente aquelas dirigidas às vítimas de abusos e aos seus abusadores. Dizer que é lamentável, deplorável, vergonhoso, é pouco! Em nenhum catecismo, livro de orientação religiosa, moral ou comportamental da Igreja isso jamais foi aprovado ou ensinado! Além do dano causado às vítimas, é imenso o dano à própria Igreja. O mundo tem razão de esperar da Igreja notícias melhores: Dos padres, religiosos e de todos os cristãos, conforme a recomendação de Jesus a seus discípulos: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles, vendo vossas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus!” Inútil, divagar com teorias doutas sobre as influências da mentalidade moral permissiva sobre os comportamentos individuais, até em ambientes eclesiásticos; talvez conseguiríamos compreender melhor por que as coisas acontecem, mas ainda nada teríamos mudado.
Há quem logo tem a solução, sempre pronta à espera de aplicação: É só acabar com o celibato dos padres, que tudo se resolve! Ora, será que o problema tem a ver somente com celibatários? E ficaria bem jogar nos braços da mulher um homem com taras desenfreadas, que também para os casados fazem desonra? Mulher nenhuma merece isso! E ninguém creia que esse seja um problema somente de padres: A maioria absoluta dos abusos sexuais de crianças acontece debaixo do teto familiar e no círculo do parentesco. O problema é bem mais amplo!
Ouso recordar algo que pode escandalizar a alguns até mais que a própria pedofilia: É preciso valorizar novamente os mandamentos da Lei de Deus, que recomendam atitudes e comportamentos castos, de acordo com o próprio estado de vida. Não me refiro a tabus ou repressões “castradoras”, mas apenas a comportamentos dignos e respeitosos em relação à sexualidade. Tanto em relação aos outros, como a si próprio. Que outra solução teríamos? Talvez o vale tudo e o “libera geral”, aceitando e até recomendando como “normais” comportamentos aberrantes e inomináveis, como esses que agora se condenam?

As notícias tristes desses dias ajudarão a Igreja a se purificar e a ficar muito mais atenta à formação do seu clero. Esta orientação foi dada há mais tempo pelo papa Bento XVI, quando ainda era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Por isso mesmo, considero inaceitável e injusto que se pretenda agora responsabilizar pessoalmente o papa pelo que acontece. Além de ser ridículo e fora da realidade, é uma forma oportunista de jogar no descrédito toda a Igreja católica. Deve responder pelos seus atos perante Deus e a sociedade quem os praticou. Como disse São Paulo: Examine-se cada um a si mesmo. E quem estiver de pé, cuide para não cair!

A Igreja é como um grande corpo; quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também do clero! Por isso, ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à Boa Notícia: para confortar os doentes, visitar os presos nas cadeias, dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços; ela continuará ao lado dos drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos Cotolengos criaturas rejeitadas pelos “controles de qualidade” estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e Dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho. Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados.

E continuará a clamar por justiça social, a denunciar o egoísmo que se fecha às necessidades do próximo; ainda defenderá a dignidade do ser humano contra toda forma de desrespeito e agressão; e não deixará de afirmar que o aborto intencional é um ato imoral, como o assassinato, a matança nas guerras, os atentados e genocídios. E sempre anunciará que a dignidade humana também requer comportamentos dignos e conformes à natureza, também na esfera sexual; e que a Lei de Deus não foi abolida, pois está gravada de maneira indelével na coração e na consciência de cada um. Mas ela o fará com toda humildade, falando em primeiro lugar para si mesma, bem sabendo que é santa pelo Santo que a habita, e pecadora em cada um de seus membros; todos são chamados à conversão constante e à santidade de vida. Não falará a partir de seus próprios méritos, consciente de trazer um tesouro em vasos de barro; mas, consciente também de que, apesar do barro, o tesouro é precioso; e quer compartilhá-lo com toda a humanidade. Esta é sua fraqueza e sua grandeza!

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer é Arcebispo da Arquidiocese de São Paulo/SP.

Fonte: Artigo publicado em O ESTADO DE SÃO PAULO, ed. 11. 04.2010.

19/04/2010

I ENCONTRO INTERCONGREGACIONAL DE NOVIÇOS(AS)- NOVINTER

Aconteceu no último final de semana, de 15 a 18 de abril, o I NOVINTER (Encontro Intercongregacional de noviços(as)), organizado pela Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB (PB), no Convento Franciscano de Ipuarana em Lagoa Seca-PB. Participaram deste encontro vinte (20) noviços e noviças de cinco (5) Congregações Religiosas: uma (1) noviça Franciscana de Santo Antônio (João Pessoa), uma (1) noviça das Irmãs da Sagrada Família (João Pessoa), duas (2) noviças das Carmelitas Missionárias (João Pessoa), quatro (4) noviços Franciscanos e nós, doze (12) noviços Redentoristas (Campina Grande). O encontro foi assessorado pela Irmã Juranice Dantas (Irmãs da Sagrada Família), que nos auxiliou a mergulharmos no complexo mundo de nossa “Afetividade e Sexualidade” em vista de uma madura e integradora vivência de nossa vocação e missão, em favor dos pobres e abandonados.


No mês de junho participaremos do II NOVINTER que acontecerá na cidade de Cabedelo – PB, nos dias 17, 18, 19 e 20 de julho, refletindo acerca do Seguimento de Jesus, sob a orientação do Pe. Valdo Feitosa (Filhos de Santana).

14/04/2010

Medo de si


O mais comum, de fato, é termos medo de algo ou de alguém, do que vem do exterior, do desconhecido ou do já conhecido. Ter medo por vezes também está relacionado a traumas, experiências passadas não muito boas, ou a conselhos (embasados ou não) de pessoas que nos circundam.

Mas, o medo que definitivamente nos limita é o medo de si.

O medo de não ser capaz, de não conseguir, de não atingir os objetivos, o medo da não-aceitação, da frustração.

Veja que medo e “não” estão intimamente ligados. Sim, o medo e a negação compartilham objetivos comuns: a estagnação, senão a retroação.

Assim, se o objetivo é crescer, avançar, progredir, evoluir, você deve se permitir ouvir mais “sims”. E, mais “sims” de si mesmo(a) para si mesmo(a).

Isso em si, não significa que o mundo te gratificará somente com coisas belas, boas e aprazíveis. Afinal, qual criança aprende a andar sem nunca antes tropeçar?

No entanto, você abrirá para si a enorme porta das oportunidades. Permitirá que o universo passe a te conhecer e, conseqüentemente, mais e mais, trabalhar ao teu favor.

Por outro lado, a autoconfiança passará atingir o ponto de equilíbrio ideal e a confiança NELE poderá atingir o grau máximo: a fórmula perfeita!

Portanto, arranque gradativamente os “nãos” de teu repertório, os “nãos” ao novo, os “nãos” a si mesmo(a), elimine o medo de si e seja plenamente feliz!

Que AQUELE QUE É CONTIGO E EM TI o seja em todos os dias de tua vida!





Isaac Yedidyah

F.I.M. – Fraternidade de Iluminadores do Mundo

FONTE: http://www.iluminadoresdomundo.com.br/

PÁSCOA, VIDA NOVA EM CRISTO!




A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.

Do hebraico Peseach, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. É a maior festa do cristianismo, pois nela se comemora a Passagem de Cristo - "deste mundo para o Pai", da "morte para a vida", das "trevas para a luz".

Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.


Jesus oferecendo seu corpo e sangue assume o duplo sentido da páscoa judaica: sentido de libertação e de aliança. E ao celebrar a Páscoa (Mt 26,1-2.17-20), Ele institui a NOVA PÁSCOA, a Páscoa da libertação total do mal, do pecado e da morte numa aliança de amor de Deus com a humanidade.


Hoje, ao celebrarmos a Páscoa, não o fazemos com sacrifício do cordeiro, pois Cristo se deu em sacrifício uma vez por todas (Jo 1.29; 1Cor 5.7; Ef 5.2; Hb 5.9), como cordeiro pascal, como prova e para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime.

Na Igreja Católica o tempo pascal se estende desde o domingo de Páscoa até o dia de Pentecostes.



O SENHOR RESSURGIU REALMENTE. ALELUIA!